Terapia Cognitivo-Comportamental
Terapia Comportamental Dialética

Ênfase no atendimento de Transtornos de Personalidade Borderline, Afetivo Bipolar e Depressivo Maior.
Transtorno da Personalidade Borderline
Segundo o Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (2014), a característica essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e de afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
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Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário.
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Padrão de relacionamento interpessoais e instáveis e intensos.
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Perturbação da identidade.
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Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente destrutivas (p.ex., gastos, sexo, abuso de substâncias, direção irresponsável, compulsão alimentar).
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Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante.
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Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor.
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Sentimentos crônicos de vazio.
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Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade de controlá-la.
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Ideação paranóide transitória.
Transtorno Afetivo Bipolar
O Transtorno Afetivo Bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas "oscilações de humor" entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.
O Transtorno Afetivo Bipolar distingue-se pela presença de mania ou hipomania atual ou passada, durante dias, meses ou anos. Nesses períodos, houve humor irritável ou exaltado, maior entusiasmo ou impaciência e sensação de “pavio curto”, junto com aumento de energia mental e/ou física e maior impulsividade e ativação nos processos cognitivos (MORENO et al., 2016)..
O aparecimento do transtorno bipolar se deve a uma combinação de fatores, em que aspectos biopsicosociais desempenham papel importante no desencadeamento da doença. Assim sendo, tratamentos medicamentosos, orientação sobre a doença e psicológicos estão indicados. O segredo está no encontro da combinação ideal para cada paciente.
O tratamento medicamentoso é básico, mas o transtorno bipolar não é meramente um problema bioquímico, também psicológico e social. Entrar em contato com os sintomas do transtorno bipolar causa sofrimento e pode ser traumatizante para o paciente e a família. O medo de como isso vai afetar sua vida, o preconceito, a aceitação do diagnóstico requerem atenção psicológica. Para aceitar é necessário conhecer a doença a ponto de diferenciar seus pensamentos e sentimentos e fazer decisões baseado em conhecimento e não em emoções, como medo ou raiva da doença. Tratamentos psicológicos procuram fornecer boas informações, orientação e motivação em um ambiente de apoio e confidencial (ABRATA, 2018)
Transtorno Depressivo Maior
Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral e a redução do interesse pelo ambiente. Freqüentemente associa-se à sensação de fadiga ou perda de energia, caracterizada pela queixa de cansaço exagerado. No diagnóstico da depressão levam-se em conta: sintomas psíquicos; fisiológicos; e evidências comportamentais.
Sintomas psíquicos:
• Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimentos de culpa.
• Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das atividades, antes consideradas como agradáveis.
• Fadiga ou sensação de perda de energia.
• Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões.
Sintomas fisiológicos:
• alterações do sono.
• alterações do apetite.
• redução do interesse sexual.
Evidências comportamentais:
• retraimento social.
• crises de choro.
• comportamentos suicidas.
• Retardo psicomotor e lentificação generalizada, ou agitação psicomotora (DEL PORTO,1999)